No
decorrer da história, muitos são os exemplos de intolerâncias religiosas
cometidas pelo mundo. Na grande maioria dos casos “em nome de Deus”.
Segundo
o site guia de direitos (http://www.guiadedireitos.org):
“A intolerância religiosa é um
conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões.
Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. Sendo
definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a
perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela
ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado
grupo que tem em comum certas crenças.”
Ataques
como o ocorrido ao jornal Charlie Hebdo demonstram as últimas consequências da
intolerância praticada pelo Estado Islâmico. Segundo o site da folha uol (http://www1.folha.uol.com.br/)
durante o ataque os terroristas gritavam "Allahu akbar (Deus é maior).” Como
sendo está a forma de justificar os seus atos.
Mas, não é privilégio do Estado
Islâmico as ações de intolerância religiosa. A historicidade da igreja é
repleta desses exemplos, bastando lembrar-se das Cruzadas, as Inquisições, a
Guerra dos trinta anos e tantos outros eventos que marcaram de forma negativa a
ação da igreja, seja ela católica ou protestante, pelo mundo.
Essas intolerâncias que ainda hoje
ocorrem, mesmo no meio evangélico, causam sérias implicações religiosas,
políticas, social e especialmente missiológicas. As ações de intolerância
causam separação entre as pessoas, não tornando possível o desenvolvimento
social, causando sérias implicações na política (uma vez que criam-se bancadas
separatistas), distorcem o conceito da religião e não permitem e ou dificultam
a propagação do Evangelho entre as pessoas que utilizando-se dos maus exemplos
cometidos, em especial pelos evangélicos, não aceitam receber a palavra e criam
sentimentos de aversão ao cristianismo. O Dr. Drauzio Varella em seu site (http://drauziovarella.com.br/)
faz a seguinte crítica:
“Os
pastores milagreiros da TV, que tomam dinheiro dos pobres, são tolerados porque
o fazem em nome de Cristo. O menino que explode com a bomba no supermercado
desperta admiração entre seus pares, porque obedeceria aos desígnios do
Profeta. Fossem ateus seriam considerados mensageiros de satanás.”
Que
possamos entender que as ações de intolerância causam a separação entre o ser
humano e Deus. E que diversidade religiosa não é sinônimo de separação. Mas
sim, do direito e da liberdade de escolha que nos foi dada pelo próprio Deus.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Guia de Direitos. Disponível em: <http://www.guiadedireitos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1041&Itemid=263>
Acesso em 3 de abril de 2015.
Folha Uol. Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1571579-tiroteio-em-frente-a-sede-de-jornal-satirico-frances-mata-pelo-menos-um.shtml> Acesso em 3 de abril de 2015.
Folha Uol. Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1571579-tiroteio-em-frente-a-sede-de-jornal-satirico-frances-mata-pelo-menos-um.shtml> Acesso em 3 de abril de 2015.
VARELLA, Drauzio, Intolerância Religiosa. Disponível em:
<http://drauziovarella.com.br/drauzio/intolerancia-religiosa> Acesso em 3
de abril de 2015.
Adriano Silva Fermiano é acadêmico do Curso de Bacharel em Teologia da Universidade Metodista de São Paulo
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